segunda-feira, 6 de abril de 2015

TPP...

É incrível como as coisas acontecem.
Havia sido uma semana normal, um sábado comum.
E então começou aquelas dorzinhas. Era umas 14:00.
Iam e vinham, de tempos e tempos, mais doloridas.
Avisei ao Fá. Tomei um banho, e elas continuaram.
Mas ritmadas, mas frequentes, muita do nas costas.
Meu marido achou melor irmos ao hospital.
Chegando lá, fomos logo atendidos. Médica e enfermeiras ótimas, muito educadas. Me examinaram.
De 3 para 4 cm de dilatação. Susto. Meu mundo parou, desabou, comecei a chorar. Não. Não era hora.
Tinha que esperar mais um pouco, não era hora. Era tão pequenina e frágil. Vamos te internar disse a médica. Você vai para o pré-parto. Olhei para meu marido. Tão calmo e firme, e eu chorando desesperada com medo, mole.
Pedi para que ligasse para meus pais que estavam com o João e avisá-los.
Pedi para minha sograr buscar nossa cachorrinha no apartamento.
Fui para o pré-parto.
Coloquei aquela roupa verde de quando João nasceu. Comecei a reviver tudo que havia acontecido naquele dia mágico em que o Jo veio ao mundo.
Lembre do quarto do pré-parto.
Mas dessa vez foi diferente. Colocaram soro e buscopan na veia para parar as contrações e tentar segurar a Helena mais um pouquinho.
Monitoraram minha pequena o tempo todo. E as batidinhas de seu coração me acalmaram.
Fiquei 2 horas, só com meus pensamentos e o coração dela de fundo.
Tanta coisa passou na minha cabeça, escutei tantos bebês nascerem.
E então finalmente meu marido apareceu. Estava nervosa já que ele não tinha aparecido. Houve um atraso no sistema da Amil, mas está tudo bem ele disse.
E então a contrações foram diminuindo.
Passaram diversos médicos, alguns com cara de preocupação, outros com a cara normal.
Já eram 23:00 quando um ultimo médico passou, examinou viu que tinha parado nos 4 cm. Nos tranquilizou, falou que provavelmente o trabalho de parto havia sido interrompido, para descansarmos.
E foi o que fizemos.
Tentei dormir, meu marido tadinho numa cadeira super desconfortável tentou se ajeitar.
Naquele momento ali no escuro do pré-parto escutando cada bebê que nascia, escutado as dores das mulheres nas salas ao lado, desejei ter a Helena comigo.
Desejei poder tê-la no meu colo e ama-la intensamente.
Percebi que o choro de quando fui internada era de emoção, medo, felicidade, tanta coisa junto.
Chegou a manhã.
Meu marido foi para casa e minha mãe veio ficar comigo.
Ao mesmo tempo agradecida de tê-la ali comigo estava surtando. Ela me questinou porque eu resolvi fazer com o plantão, porque não pagava a médica que acompanhou as ultimas semanas, ou porque não pagava o doutor cesarista que acompanhou boa parte do meu pré-natal. Me irritou, me tirou do sério, mas Graças a Deus ela estava lá.
Acabei indo para um quarto da maternidade para ficar de repouso.
Fala isso para uma pessoa ansiosa, nervosa... ficar de repousoooo.
Meu pai levou o João para me ver, que saudades e sensação gostosa de ter ele ali comigo.
Fábio voltou.
Meus sogros vieram.
E percebi novamente, o quão importante e delicioso ter nossa família por perto.
Consegui dormir, Fábio também já que tinha um sofá cama nesse quarto.
No dia seguinte um médico veio conversar comigo.
Explicou que o que havia acontecido era raro. Mas que conseguiram controla as contrações e iriam me dar injeções para amadurecer o pulmão da bebê no caso dela querer vir antes novamente.
Tomei as injeções, fiquei de repouso no hospital.
Contrariada pela palavra repouso, e por não querer ficar no hospital e sim em casa.
Passamos mais uma noite no hospital, tomei mais injeção, e finalmente a alta.
Que sensação mais estranha sair do hospital, quieto, apenas com os chorinhos dos bebês, para a rua movimentada, cheia de gente barulho sujeira.
Foi um baque enorme.
Chegamos em casa.
Mala da neném, minha mala, mala do marido, tudo de volta.
Me deu uma angustia chegar em casa sem ela. Chegar em casa e não ter esse chorinho tão aguardado.
O sentimento de maternidade tão forte em mim, que quando vi meu filho o abracei, beijei, apertei, ah que saudades.
Voltei ao hospital mais duas vezes essa semana que passou.
Tudo alarme falso. E o sentimendo de frustração só aumentando.
Acho que meu marido não aguenta mais que eu fale de bebê, gravidez ou dor, porque é só isso que falo esses últimos dias.
Sei que estou insuportavelmente mal-humorada, chata, irritante.
A todo momento estou procurando coisas para me ocupar. Fazer, mexer, ler.
Estou à espera.
Estou à espera da minha pequena Helena. Aguardo ansiosamente pelas dores, contrações, e pelo momento de ver seu rostinho, pegar em suas mãozinhas, pézinhos, pelo momento mágico de ser mãe novamente.

Queria agradecer pela paciência, apoio, carinho, amor, compreenssão do meu marido.
Agradecer meu pai e minha mãe pela preocupação, e de apesar me deixarem louca com seus questionamento, sempre prontos para me ajudarem no que for necesário.
E a família e amigos pelos recados, preocupações e orações.
E pelos cuidados que tive no Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.

Status : Aguardando a Helena querer vir ao mundo novamente.

sábado, 28 de março de 2015

O blog, minha vida, e o por que.

Eu 
Sou Ana Paula, tenho 22 anos, sou casada há 04 anos 01 mês e 8 dias com Fábio, um marido e pai maravilhoso, sou mamãe do João Lucas que completa 05 aninhos em Maio, e estou grávida de 35 semanas da Helena.
Fui mãe aos 17 e não me arrependo em momento nenhum de minhas escolhas. Meu filho hoje é meu amigo, meu companheiro, minha alegria do dia a dia, sua inteligência me deixa de boca aberta, as vezes um pouco respondão e teimoso, sabe muito bem o que quer, e impõem isso em casa.
Sou formada em Gastronomia, mas não trabalho na área, cozinho por prazer e estou sempre procurando e fuçando receitas novas para fazer em casa.
Trabalho há um ano de Concierge do cartão Visa. Busquei esse trabalho totalmente fora da minha área pois buscava algo que eu trabalhasse perto de casa, e pudesse passar um bom tempo com meu filho, e ter um tempinho para mim mesma, já que ano passado eu estava totalente viciada em atividades físicas. Foi um ano um tanto egoísta da minha parte, onde gastei muito dinheiro para cuidar de mim e da minha aparência.
Acontece que se pensamos apenas em nós mesmos, um hora ou outra acabamos sentindo a consequência disso, mas essa parte não vem ao caso no momento.
Percebemos que isso não é tudo na vida, e na nossa vida o que temos de mais importante é a nossa família. E a nossa família estava para aumentar.
Em junho do ano passado comecei a ter cólicas insuportáveis o dia inteiro. Chorava de dor, e fui fazer exames para saber o que era.
Foi encontrado um cisto muito grande no meu ovário, então meu médico pediu para eu parar de usar anticoncepcional o qual eu usava continuamente, então eu tinha muito pouca menstruação, coisa de 2 a 3 dias. Só que quando ele pediu para parar com o remédio, ele falou, e usem preservativo rs
Caramba meu pai estava comigo nessa consulta. Não sabia onde eu colocava minha cara. Sou casada há 04 anos, mas não é o tipo de coisa que você quer escutar ao lado de seu pai, um homem tão sério.
Tive que ficar acompanhando esse cisto, foi até mencionado cirurgia, fiquei morrendo de medo.
Mas no mesmo mês, minha menstruação veio tão forte, tão forte, cheia de dores, minha imunidade caiu tanto que fiquei uma semana afastada do trabalho.
E em um ultimo exame não foi encontrado esse cisto enorme.
Tinha uma consulta de retorno em agosto com o médico. E fiz os exames normalmente.

A Gravidez
Sabe quando nos sentimos estranhas, meio desengonçadas, eu senti o mesmo quando estava grávida do João. Uma sensação de que algo estava mudando. Que tinha algo diferente
Como sou muito ansiosa fiz um exame de farmácia. E não demorou nem os 5 minutos que pedem na embalagem, foi questão de segundos que o positivo apareceu.
No momento eu comecei a chorar. Estava sozinha em casa, ia buscar o João na escola, e simplesmente desabei. Comecei a mandar mensagem para minha mãe, para minha sogra. Como eu ia contar para o meu marido, não foi nada planejado. Sonhava que na segunda gravidez tudo fosse planejado. Mas ele descobriu antes mesmo de eu falar para ele.
Eu ia mandar uma mensagem para ele com a foto do exame positivo.
Mas ele tem um sistema no computador dele que todas as fotos que tiro do meu celular e do dele aparecem automaticamente nos arquivos dele. E ele viu essa foto.
Quando eu falei, ele já sabia da noticia.
E eu chorava. Chorava.
Minha mãe ligou e eu não conseguia falar nada.
Eu chorava de medo, de ansiedade, de insegurança, da incerteza.
Na mesma semana era retorno no meu médico, e ele deu risada quando apresentei o exame para ele.
Pediu uma série de exames, indicou alguns obstetras e me deu boa sorte, pois já que ele era um senhor de uma idade bem avançada, não acompanhava mais pré natal
Está aqui um pouquinho de sobre a minha vida, e até o momento que descobri que estava grávida.
Continuarei a contar mais sobre a gravidez em próximos posts.

O porque do "Mamãe de 2 aos 22"
Bom eu sempre amei ler, escrever. Amava as aulas de redação que tinha no Ensino Médio, as aulas de literatura, gramatica. Com toda a certeza eram as aulas que eu mais aguardava a semana toda para ter.
Tanto é que cursei letras por 06 meses, mas acabei largando quando o João nasceu ( isso é algo que minha mãe insiste até hoje, que eu deveria ter continuado com o curso etc ).
Não comecei a escrever antes, pois achava que não iria ser da forma que eu esperava, então pedi para meu marido comprar um diário logo após que soube da gravidez. Escrevi muito, mas ainda não conseguia colocar naquelas minimas linhas tudo que eu precisava.
Foi aí que percebi que as páginas do diário não seriam o suficiente para escrever sobre esse turbilhão de emoções sensações que estou tendo.
Eu tenho a necessidade de escrever tudo que estou sentindo e ler e reler o que escrevi diversas vezes.
Por isso a idéia de escrever um blog.
Aqui além da gravidez, de ocorridos com o João, e no meu dia a dia, vou colocar receitas, dar minha opinião em assuntos diversos. Um grande bate papo de uma mamãe de segunda viagem.
Um beijo, até a próxima!